― Publicidade ―

Remanescentes de quilombos em Ponte Nova, Barra Longa e Mariana

A Fundação Palmares homologa títulos para comunidades de Nogueira/Ponte Nova, Volta da Capela, Barretos/ambas em Barra Longa e Campinas/Mariana.
InícioCULTURAUm pontenovense no programa ‘Encontro com Fátima Bernardes”

Um pontenovense no programa ‘Encontro com Fátima Bernardes”

Em 25/1 (sexta-feira passada), fomos surpreendidos ao ver o jovem pontenovense Maxwell Damásio participando do programa “Encontro com Fátima Bernardes”. O programa era alusivo ao aniversário da cidade de São Paulo, e ele deu um depoimento daquela cidade à sua mãe.

“Sou pontenovense com muito orgulho, oriundo do bairro Triângulo (Velho), onde passei toda a minha infância e adolescência. Participei de vários projetos sociais. Atualmente, resido na cidade de Manhuaçu, onde curso Psicologia.” Como estava no Rio de Janeiro, participou de seleção para participar do programa. A seguir, o depoimento Maxwell para Ademar Figueiredo, na coluna Arte & Cultura da edição de 1°/2 desta FOLHA.

Ademar – Ainda em Ponte Nova, você era muito ligado ao esporte. O que o motivou a estudar Psicologia?

Maxwell – Foi através do esporte que tive contato com outras áreas, culturas, conhecimento, consegui meu primeiro emprego. Com isso, veio a vontade de crescer profissionalmente, vi na Psicologia a possibilidade de poder retribuir à sociedade tudo o que conquistei.

Ademar – Em nov/2018, você apresentou, no II Simpósio Internacional em Narrativas, Gênero e Política, em BH,  o painel “Inserção de Travestis e Transexuais no Mercado de Trabalho”. Fale sobre esta experiência.

Maxwell – No processo da minha formação, me identifiquei muito com a área da Psicologia Social, que tem como objetivo estudar a análise do comportamento do indivíduo perante suas relações sociais. A participação no Simpósio foi de extrema importância para a minha formação acadêmica e profissional. Estar neste espaço representa muito para mim, que busco conhecimento além da faculdade.

Ademar  – Nas redes sociais você, sempre aborda a questão do preconceito racial – ainda muito presente -, mesmo que disfarçado. Qual a sua visão sobre este assunto?

Maxwell – A temática de relações raciais sempre esteve presente em minha vida: ser um jovem acadêmico negro representa uma conquista enorme para a minha pessoa. Busco enaltecer e empoderar os meus, mostrando que podemos, sim, chegar aonde quisermos: basta muita luta, persistência, militância e determinação.

Ademar  – Recentemente, você postou “O filho da empregada doméstica e do aposentado vai se tornar psicólogo!”, após apresentar trabalho desenvolvido como estagiário num projeto de extensão em “Psicologia Escolar Educacional”, na 48ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia, no Campus da Universidade do Vale do Rio dos Sinos/Unisinos, em São Leopoldo/RS. É uma afirmativa de empoderamento, autoestima e estímulo a outros jovens. É por aí?

Maxwell – Sim. Como disse acima, tento ao máximo encorajar os jovens a seguirem seus sonhos, mostrando que estamos sempre prontos para novos desafios. O que nos falta, muitas vezes, é oportunidade e espaço para mostrarmos nosso potencial e trabalho.

Ademar  – Ainda no programa “Encontro com Fátima Bernardes”, você sinalizou que pretende atuar em São Paulo. Quais os seus planos após a conclusão do curso?

Maxwell – Pretendo cursar mestrado em Psicologia Social. Sendo assim, tenho pretensão de fazê-lo em uma das universidades de São Paulo. Tenho-me dedicado intensamente à minha formação. Atualmente, sou estagiário numa ONG e também na rede estadual de ensino.

 

error: Conteúdo Protegido